Equipa Profissional 2024-05-04

Empate disfarçado de garra viseense

Sob a "chuva miudinha" que se fez abater esta tarde em Viseu, Académico e Leixões encontraram-se no grandioso e mágico Fontelo, num encontro sempre empolgante, que até os clássicos "chamamentos" dos Pavões da mata fez acordar. Em confronto na 32ª jornada da Liga Portugal 2, com contas resolvidas para os beirões, e muitas outras por resolver do lado nortenho, as duas equipas deram um início ao jogo, que se coadunava com o que se sentia no ar: frio.

A contenda futebolística de hoje principiou com uma face de apatia, um prelúdio que não deixava entrever a emoção que se seguiria. Com poucas oportunidades, que mantiveram a bola bastante presa ao centro do terreno de jogo, a partida aquecia com lume baixo as hostes nas bancadas sentades. Por essa mesma razão, nada fazia prever o golo com que os matosinhenses saíram na frente. Aos oito minutos, após cruzamento de Simãozinho na lateral esquerda do ataque, Ricardo Valente apareceu dentro da grande-área para bater Matheus Sampaio, jovem guardião que voltou a assumir com destreza, a titularidade na baliza academista.

Os viseenses enfrentavam, a partir daí, um bloqueio defensivo quase intransponível, um muro de adversidade que parecia insuperável. No entanto, o verdadeiro espírito de um Viriato não se deixa vencer pelas dificuldades. O primeiro a deixar um aviso foi, quem mais, o ponta de lança André Clóvis que, ainda dentro do primeiro tempo, recebeu e rodou já dentro da área, para rematar à figura de Stefanovic.

Com recurso a um intervalo de introspeção e estratégia, o Académico emergiu com um novo fôlego na segunda parte, pronto para desafiar o marcador. E foi mesmo num momento de confusão, envolto na primeira oportunidade beirã na etapa complementar, que o tão desejado empate chegou. Aos 60 minutos, na sequência de um pontapé de canto, a bola sobrou ao segundo poste para André Clóvis, que cabeceou uma bola desviada ainda por André Simões antes de entrar na baliza do Leixões. O grito de alívio ecoou pelos corações dos viseenses, enquanto viam a igualdade a instalar-se de novo, confortavelmente, na partida.

Sem outras grandes oportunidades de registo, para nenhuma das equipas até ao término do jogo, os minutos finais foram uma guerra de nervos, uma batalha de vontades onde cada lance de aproximação (ainda que sem muito perigo) poderia mudar o resultado. Os viseenses, impelidos pela esperança renovada, investiram com fúria, mas foram detidos pelo guardião Stefanovic.

No final, apesar das vicissitudes e de não terem sido capazes de alcançar a vitória, os bravos Viriatos mantiveram viva a chama que alimenta o espírito de equipa, importantíssimo para o que resta das últimas duas jornadas do campeonato. Nesta época com altos e baixos, de uma coisa podemos ter a certeza: esta garra que nos une, ninguém consegue combater. Em frente, Beirões.

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Despedir-nos de Cara Lavada

Por estas terras de Viriato, onde os ventos sopram histórias antigas e os campos guardam segredos de batalhas antigas, ergue-se o nosso mítico Fontelo entre a mata que o envolve. E é neste mesmo palco de glórias e desafios pintados a preto e branco, que o Académico de Viseu se prepara para um último embate, um derradeiro confronto que promete ser o capítulo final de uma temporada marcada por altos e baixos, por lutas e superações. É hora de "Despedir-nos de Cara Lavada". Os Viriatos, guerreiros incansáveis do futebol, mas não só, tecem os seus sonhos com os fios da paixão e da dedicação, honrando as cores que trazem no peito. E neste domingo, com o sol a banhar o relvado verdejante, preparam-se para uma despedida que se quer gloriosa, que se quer brilhante como os olhos dos seus adeptos que aguardam ansiosos nas bancadas. O adversário é de peso, não se pode negar. O CS Marítimo, vindo das ondas do Atlântico, traz consigo o ímpeto de quem ainda luta pelos seus objetivos, pelo sonho de subir mais alto. Mas os Viriatos não se acovardam diante da perspetiva de dificuldade. Sabem que a jornada será árdua, que cada lance será uma batalha travada com suor e coragem. Lembram-se do último encontro, daquele empate amargo nos Barreiros, onde a vitória esteve tão próxima, mas escapou como o vento que sopra nas serras. Agora, diante dos seus fiéis seguidores, anseiam quebrar o enguiço que paira sobre eles. Nunca na história o Académico venceu os maritimistas, mas este é o momento de virar essa página, de reescrever o destino com outro tipo de letras. Sob o olhar atento dos Deuses do futebol, desafiamos quem em nós não acredita, determinados a escrever o nosso próprio conto de vitória. Cada passe, cada drible e cada defesa são gestos de respeito à perseverança, uma declaração de amor a este clube e às suas gentes. Despedimo-nos também de uma temporada que nos deixa com um peso amargo, da memória do que podia ter sido. Ainda assim, de uma coisa podemos estar certos: a união, a força e a garra da Beira conseguimos manter intactas, de modo a juntar de novo as tropas para aquela que é a nova época na qual já todos pensamos. Obrigado, academistas.

2024-05-17

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Derrotados junto ao Castelo

Com a vontade de repetir os feitos do longínquo ano de 1978, escritos em relva verde e paixão inigualável, o nosso fado reservou-nos, esta noite, um capítulo de diferentes sensações, no último embate fora de casa na presente temporada, em casa da União Desportiva de Leiria. Desde os primeiros acordes deste duelo, os instrumentos sonoros da ambição fizeram ouvir apenas com cinco minutos de jogo. Clóvis, qual águia audaz, ousou desbravar os espaços da grande área adversária, mas as suas intenções foram resfriadas pela falha no passe final. E como tão bem sabemos nesta época, “quem não marca, sofre”. Apenas dois minutos depois, Bryan Rochez fez o primeiro golo da partida, aproveitando uma bola perdida dentro da grande-área beirã, que havia sido desviada ao embater no poste. O Académico, altivo e indómito, esforçou-se em reagir, mas a ferida aberta pelo golpe inicial foi profunda. Aos vinte minutos, num lance de hesitação, a defesa viu-se traspassada, e Bryan Rochez serviu Arsénio que fez o 2-0, batendo o estreante guardião academista, Gomes Gerth.   Na segunda metade, a batalha prosseguiu com ares de golo iminente para os Viriatos. Aos 52 minutos, uma arremetida fulgurante do lado viseense, com um cruzamento que beijou os ares como uma prece, levou o desvio tecnicista de Clóvis a embater na trave, guardiã dos nossos sonhos, impedindo o 2-1. Todavia, como a sorte brinca com os mortais, aos apenas três minutos volvidos, num revés contra a correnteza, Bryan Rochez voltou a marcar, erguendo o placar para um impiedoso 3-0. Até ao término da partida, Maiga ainda esteve por duas vezes perto de marcar, mas o resultado já não se alterara. Aguardamos, ansiosamente, pela próxima partida que fechará o campeonato, para termos uma nova e derradeira oportunidade de responder em campo.

2024-05-13

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